Joinville Intensifica ações de limpeza nos rios para preservar o meio ambiente |
Carlos Chiodini
Há assuntos que nunca iremos deixar de estudar, falar ou disseminar. Recentemente, uma pesquisa global realizada pela consultoria Grant Thornton afirma que mais de 70% dos empresários brasileiros acreditam no impacto positivo da sustentabilidade nos negócios. Globalmente, o índice ficou em 47,6%. Vejo com bons olhos esse estudo, pois sabemos da relevância de sermos sustentáveis, seja no lado pessoal ou profissional.
O ano de 2020 foi um ano árduo economicamente e financeiramente para o mundo inteiro. A pandemia do Coronavírus mexeu com a raiz de nossas vidas. Tivemos de nos adaptar ao consumo mais sustentável e a poupar, as empresas precisaram se adequar a medidas que ajudassem a manter seu lucro em dia e diversos empresários vislumbraram novos caminhos como vendas virtuais e entregas para enfrentar a crise econômica que a Covid-19 trouxe.
A pesquisa Internacional Bussiness Report - Sustentabilidade aponta que um negócio sustentável melhora a eficiência operacional, reduz custos, dá reputação corporativa e melhora as relações. Foram 29 países e 4,6 mil empresas pesquisadas.
Como ex-secretário de Desenvolvimento Sustentável e Econômico de Santa Catarina, afirmo que adotar práticas sustentáveis traz destaque no mercado e pode ser promissor para o desenvolvimento saudável em todas as suas nuances. Além disso, alinhar sustentabilidade aos negócios respalda os aspectos sociais, ambientais, culturais, econômicos e geográficos das empresas ou instituições, trazendo mais competitividade. Outro tema que também não deixaremos de falar.
Portanto, se o empresariado passou a ter responsabilidade socioambiental, ele também passou a gerar negócios atraentes, a expandir mercado e a obter lucro. E onde circula o dinheiro, circulam tomadas de decisões fundamentais para um caminho de futuro próspero. A sustentabilidade traz melhores rodovias, portos, aeroportos, mais qualidade em serviços como saneamento básico, distribuição de água, de energia ou telecomunicação.
Para Stuart L. Hart, escritor, teórico e fundador da Enterprise for a Sustainable World que se dedica a ajudar empresas a fazer a transição para a sustentabilidade, há duas abordagens e estratégias para se criar um modelo de capitalismo sustentável. A primeira é o melhoramento contínuo, a redução de impactos negativos dos produtos e sistemas. A outra abordagem seria a prevenção à poluição e gestão de resíduos, com operações mais econômicas, seguras e com clara conexão de "criação de valor".
O Consultor da Fortune 100 e uma das maiores autoridades mundiais nas implicações do desenvolvimento sustentável e do ambientalismo em relação à estratégia de negócios cita ainda a certificação de produtos como uma tática externa, que representa 90% ou 95% do que muitas empresas fazem em nome da sustentabilidade. Hart enfatiza também que essas ações não são tudo. Diz que é preciso atingir o espaço da próxima geração. "Falo de um salto, que tornará o modelo atual obsoleto, considerando novos mercados e tecnologias ainda não pensadas para a sustentabilidade do meio ambiente. Acredito que dessa forma chegaremos à base da pirâmide, área pouco explorada pelos negócios de forma inclusiva".
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